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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lições de Vida: Dai de Graça o que recebestes de Graça


Lá estava o médico, com sua família, de férias, num acampamento isolado, com o carro enguiçado. Tentou dar a partida no carro. Nada. Caminhou para fora do acampamento e felizmente seus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho que passava por ali.

Concluiu que eram vítimas de uma bateria descarregada. Sem alternativa, decidiu voltar a pé até uma vila mais próxima, a alguns quilômetros de distância.
Duas horas e um tornozelo torcido, chegou finalmente a um posto de gasolina. Ao se aproximar do posto, deu-se por conta de que era domingo de manhã. O lugar estava fechado, mas havia um telefone publico e uma lista telefônica caindo aos pedaços.

Telefonou para a única companhia de auto-socorro localizado na cidade vizinha, a cerca de 30 km de distância. Zé atendeu o telefone e ouviu enquanto o médico explicava seus apuros.

- Não tem problema - ele disse, quando soube a localização - normalmente não atendo aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.

O médico ficou aliviado que ele estivesse vindo, mas ao mesmo tempo consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda significaria.

Zé chegou em seu reluzente caminhão-guincho e se dirigiram para a área de acampamento.

Quando saíram do caminhão, o médico se virou e observou, com espanto, o Zé descer com aparelhos na perna e a ajuda de muletas.

Ele era paraplégico! Enquanto ele se movimentava, entretanto, o médico começou novamente sua ginástica mental em calcular o preço daquela boa vontade do mecânico.
- É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão ir embora.

O Zé reativou a bateria e, enquanto ela recarregava, distraiu o filho pequeno do médico com truques de mágica. Ele até mesmo tirou uma moeda da orelha e a deu para o menino...

Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, o médico perguntou quanto lhe devia.
- Oh! nada - respondeu, para surpresa do outro.

- Tenho que lhe pagar alguma coisa! - argumentou o médico.

- Não - ele reiterou. - Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação pior do que esta. Foi quando eu perdi as minhas pernas, e o sujeito que me socorreu me disse apenas para "passar isso adiante". Portanto, você não me deve nada. Apenas lembre-se: Quando tiver uma chance, "passe isso adiante".

Cerca de dez anos após, em seu movimentado consultório onde freqüentemente treinava estudantes de medicina, Maria, uma aluna do segundo ano de uma faculdade de outra cidade veio passar um mês em seu consultório, para que pudesse ficar com a mãe, que morava na região. Acabaram de atender a uma paciente cuja vida fora destruída pelas drogas e pelo abuso do álcool e de repente, ele notou que Maria estava com seus olhos cheios de lágrimas.

- Você não se sente bem por ver este tipo de paciente? - perguntou.

- Não - Maria respondeu soluçando - é simplesmente que minha mãe poderia ser esta paciente. Ela tem o mesmo problema.

Durante o horário de almoço, conversaram sobre a trágica historia da mãe alcoólatra de Maria. Chorosa e angustiada, ela abriu o coração ao contar os anos de ressentimento, vergonha e hostilidade que haviam marcado a existência de sua família.

O médico, então, deu-lhe a esperança de colocar a mãe sob tratamento.

Depois de ser bastante encorajada por um conselheiro treinado e por outros membros da família, a mãe de Maria consentiu em se submeter a um tratamento. Ficou internada no hospital especializado por varias semanas e, quando saiu, era uma outra pessoa.

A família de Maria quase tinha sido destruída e pela primeira vez puderam sentir um pouco de esperança

- Como posso lhe agradecer? - perguntou Maria.

O médico, então, nesse instante, lembrou-se daquele acampamento distante e do bom samaritano paraplégico, e soube que só poderia lhe dar uma resposta:

- Você não me deve nada. Apenas lembre-se: Quando tiver uma chance, "passe isso adiante".

(Autor Desconhecido)
Fonte:Programa momentos com Jesus

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