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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Texto: Púlpito, Lugar de Honra e de Respeito!


Por Frankcimarks Oliveira

Jesus pregou em montes, em barcos, na sinagoga, em casas de amigos e de pecadores. Porém sempre o fez com respeito e reverência, dizendo: A palavra que prego não é minha,mas daquele que me enviou.

Infelizmente em nossos dias temos visto homens e mulheres usarem os púlpitos de igrejas para promoverem a si mesmos, falando não mais a Palavra do Deus Eterno, mas suas próprias opiniões acerca de todos os assuntos possíveis.

Púlpito não é lugar de disputas eleitorais, nem muito menos de Humor Stand Up. Muitas igrejas perderam o foco da pregação do evangelho e trocaram a ministração das escrituras por shows gospeis, por louvorzão e até mesmo quem diria por show de piadas.

Quando não há unção de Deus na vida do homem, este busca meios de realizar a obra de seu jeito. Que possamos nos arrepender e clamar ao Senhor por um avivamento genuíno.
Vamos parar de usar o Púlpito de Deus para coisas que não edificam. Vamos parar de brincar que temos compromisso com o evangelho e voltemos a simplicidade que há em Cristo o mais rápido possível.
Vamos parar de dizer : a biblia diz ...Sendo que ela nunca disse. Vamos parar de encher "linguiça" com sermões vazios e perdidos, que satisfazem somente a carne e mata o espírito.

Que a palavra pregada pelos profetas volte aos Púlpitos cristãos. Aliás, que Cristo torne a ser o centro das mensagens pregadas nas igrejas. Que o sangue de Jesuse e não a prata dos homens volte a ter valor para os crentes modernos.
Que o cordeiro( o sacrificio) volte a ser apresentado dia após dia nos jordões da vida.
Que o juízo de Deus seja anunciado, que o arrependimento seja ensinado aos pecadores, que o reino dos céus seja proclamdo...e por fim e não menos importante, que a vontade de Deus seja pregada nos Púlpitos, ou seja, a cruz!

Quem sobe num Púlpito para pregar a palavra deve sentir-se honrado, pois é um privilégio poder anunciar o evangelho de Jesus. Mas que suba com temor e reverência e que diminua para que Cristo cresça e seja glorificado.
E isso só ocorrerá quendo Sua Palavra for pregada com fidelidade às escrituras sagradas. Amém.

domingo, 24 de abril de 2011

Heróis da Fé: Carlos Spurgeon


Retirado do livro de Orlando Boyer " Heróis da Fé "
Postado Por Frankcimarks Oliveira

Carlos Spurgeon
O príncipe dos pregadores
(1834-1892)


No período da Inquisição, na Espanha, sob o reinado do imperador Carlos V, um número elevadíssimo de crentes foram queimados em praça pública ou enterrados vivos. O filho de Carlos V, Filipe II, em 1567, levou a perseguição aos Países Baixos, declarando que ainda que lhe custasse mil vezes a sua própria vida,limparia todo o seu domínio do "protestantismo". Antes da sua morte gabava-se ter mandado ao carrasco, pelo menos, 18.000 "hereges".

Ao começar esse reinado de terror nos Países Baixos, muitos milhares de crentes fugiram para a Inglaterra. En¬tre os que escaparam do "Concilio de Sangue", encontra¬va-se a família Spurgeon.

Na Inglaterra, o povo de Deus, contudo, não estava li¬vre de toda a perseguição "passando a maior parte do tem¬po sentado, por se achar fraco demais para se deitar". Os bisavôs de Carlos eram crentes fervorosos, criando os filhos na admoestação do Senhor. Seu avô paterno, depois de quase cinqüenta anos de pastorado no mesmo lugar, podia dizer: "Não passei nem uma hora triste com a minha igreja depois que assumi o cargo de pastor!" O pai de Carlos, Tiago Spurgeon, era o amado pastor de Stambourne.

Carlos, quando ainda criança, interessava-se pela lei¬tura de "O Peregrino", pela história dos mártires e por di¬versas obras de teologia. É impossível calcular a influência dessas obras sobre a sua vida.

Que era precoce nas coisas espirituais, vê-se no seguin¬te acontecimento: Apesar de criança de apenas cinco anos de idade, sentiu profundamente o cuidado do avô, por cau¬sa do procedimento de um dos membros da igreja, chama¬do "Velho Roads". Certo dia, Carlos, a criança, encontran¬do Roads em companhia de outros fumando e bebendo cer¬veja, dirigiu-se a ele, dizendo: "Que fazes aqui, Elias?" O "Velho Roads" arrependido, contou, então, ao seu pastor, como a princípio se irou com a criança, mas por fim ficou quebrantado. Desde aquele dia, o "Velho Roads" andou sempre perto do Salvador.

Quando Carlos era ainda pequeno, foi por Deus con¬vencido do pecado. Durante alguns anos sentia-se uma criatura sem esperança e sem conforto; visitava um lugar de culto após outro, sem conseguir saber como podia li¬vrar-se do pecado. Então, quando tinha quinze anos de idade, aumentou nele o desejo de ser salvo. E aumentou de tal forma, que passou seis meses agonizando em oração. Nesse tempo assistiu a um culto numa igreja; nesse dia, o pregador não fora ao culto, por causa duma grande tem¬pestade de neve. Na falta do pastor, um sapateiro se levan¬tou para pregar às poucas pessoas presentes, e leu este tex¬to: "Olhai para mim e sede salvos, todos os confins da ter¬ra" (Isaías 45.22). O sapateiro, inexperiente na arte de pre¬gar, podia apenas repetir a passagem e dizer: "Olhai! Não vos é necessário levantar um pé, nem um dedo. Não vos é necessário estudar no colégio para saber olhar; nem contri¬buir com mil libras. Olhai para mim, não para vós mes¬mos. Não há conforto em vós. Olhai para mim, suando grandes gotas de sangue. Olhai para mim, pendurado na cruz. Olhai para mim, morto e sepultado. Olhai para mim, ressuscitado. Olhai para mim, à direita de Deus". Em se¬guida, fitando os olhos em Carlos, disse: "Moço, tu pareces ser miserável. Serás infeliz na vida e na morte se não obedeceres". Então gritou ainda mais: "Moço, olha para Je¬sus! Olha agora!" O rapaz olhou e continuou a olhar, até que por fim, um gozo indizível entrou na sua alma.
O recém-salvo, ao contemplar o constante zelo do Ma¬ligno, foi tomado pela aspiração de fazer todo o possível para receber o poder divino, para frustrar a obra do inimigo do bem. Spurgeon aproveitava todas as oportunidades para distribuir folhetos. Entregava-se de todo o coração a ensinar na Escola Dominical, onde alcançou, de início, o amor dos alunos e, por intermédio desses a presença dos pais na escola. Com a idade de dezesseis anos começou a pregar. Acerca desse fato ele disse: "Quantas vezes me foi concedido o privilégio de pregar na cozinha duma casa de agricultor, ou num celeiro!"

Alguns meses depois de pregar seu primeiro sermão, foi chamado a pastorear a igreja em Waterbeach. Ao fim de dois anos, essa igreja de quarenta membros, passou a ter cem. O jovem pregador desejava educar-se e o diretor duma escola superior, que estava de visita à cidade, mar¬cou uma hora para tratar com ele acerca desse assunto. A criada, porém, que recebeu Carlos, por descuido, não cha¬mou o professor e este saiu sem saber que o moço o espera¬va. Depois, Carlos, já na rua, um tanto triste, ouviu uma voz dizer-lhe: "Buscas grandes coisas para ti? Não as bus¬ques!" Foi então , ali mesmo que abandonou a idéia de es¬tudar nesse colégio, convencido de que Deus o dirigia para outras coisas. Não se deve concluir, contudo, que Carlos Spurgeon resolveu não se educar. Depois disso, ele apro¬veitava todos os momentos livres para estudar. Diz-se que alcançou fama de ser um dos homens mais instruídos de seu tempo.

Spurgeon havia pregado em Waterbeach apenas du¬rante dois anos quando foi chamado a pregar na Park Street Chapei, em Londres. O local era inconveniente para os cultos, e o templo, que tinha assentos para mil e duzen¬tos ouvintes, era demasiado grande para os auditórios. Contudo, "havia ali um grupo de fiéis que nunca cessaram de rogar a Deus um glorioso avivamento". Este fato é as¬sim registrado nas palavras do próprio Spurgeon: "No iní¬cio, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Con¬tudo, não me esqueço da insistência das suas orações. Às vezes parecia que rogavam até verem realmente presente o Anjo do Concerto (Cristo), querendo abençoá-los. Mais que uma vez nos admiramos com a solenidade das orações até alcançarmos quietude, enquanto o poder do Senhor nos sobrevinha... Assim desceu a bênção, a casa se encheu de ouvintes e foram salvas dezenas de almas!"
Sob o ministério desse moço de dezenove anos, a con¬corrência aumentou em poucos meses a ponto de o prédio não mais comportar as multidões; centenas de ouvintes permaneciam na rua para aproveitar as migalhas que caíam do banquete que havia dentro da casa.

Foi resolvido reformar a New Park Street Chapei e, du¬rante o tempo da obra, realizavam-se os cultos em Exeter Hall, prédio que tinha assentos para quatro mil e quinhen¬tos ouvintes. Aí, em menos que dois meses, os auditórios eram tão grandes, que as ruas, durante os cultos, se torna¬vam intransitáveis.
Quando voltaram para a Chapei, o problema, em vez de ser resolvido, era maior; três mil pessoas ocupavam o espaço preparado para mil e quinhentas! O dinheiro gasto, que alcançou uma elevada quantia, fora desperdiçado! Tornou-se necessário voltar para o Exeter Hall.

Mas nem o Exeter Hall comportava mais os auditórios e a igreja tomou uma atitude espetacular - alugou o Surrey Music Hall, o prédio mais amplo, imponente e magnífico de Londres, construído para diversões públicas.
As notícias, de que os cultos passaram do Exeter Hall para Surrey Music Hall, eletrificaram toda a cidade de Londres. O culto inaugural foi anunciado para a noite de 19 de outubro de 1856. Na tarde do dia marcado, milhares de pessoas para lá se dirigiram para achar assento. Quan¬do, por fim, o culto começou, o prédio no qual cabiam 12.000 pessoas, estava superlotado e havia mais 10.000 fora que não puderam entrar.

No primeiro culto em Surrey Music Hall, notaram-se vestígios da perseguição que Spurgeon tinha de encarar.Ele estava orando, e depois da leitura das Escrituras, os inimigos da obra de Deus se levantaram, gritando: 'Togo! Fogo!" Apesar de todos os esforços de Spurgeon e de outros crentes, a grande massa de gente alvoroçou-se e movimen¬tou-se em pânico, de tal modo que sete pessoas morreram e vinte e oito ficaram gravemente feridas. Depois que tudo serenou, acharam-se espalhados em toda a parte do pré¬dio, roupas de homens e senhoras; chapéus, mangas de vestidos, sapatos, pernas de calças, mangas e paletós, xales, etc., objetos esses que os milhares de pessoas aflitas deixaram, na luta para escapar do prédio. Spurgeon com¬portou-se com a maior calma durante todo o tempo da in¬descritível catástrofe, mas depois passou dias prostrado, sofrendo em conseqüência do tremendo choque.
As notícias sobre as trágicas ocorrências durante o pri¬meiro culto em Surrey Music Hall, em vez de prejudica¬rem a obra, concorreram para aumentar o interesse pelos cultos. De um dia para outro Spurgeon, o herói do Sul de Londres, tornou-se um vulto de projeção mundial. Aceitou convites para pregar em cidades da Inglaterra, Escócia, Ir¬landa, Gales, Holanda e França. Pregava ao ar livre e nos maiores edifícios, em média oito a doze vezes por semana.

Nesse tempo, quando ainda moço, revelou como conse¬guia entender, nas Escrituras, os textos difíceis, isto é, simplesmente pedia a Deus: - "Ó Senhor, mostra-me o sentido deste trecho!" E acrescentou: "É maravilhoso como o texto, duro como a pederneira, emite faíscas quan¬do batido com o aço da oração." Quando mais velho, disse: "Orar acerca das Escrituras, é como pisar uvas no lagar, trilhar trigo na eira, ou extrair ouro do minério."

Acerca da vida familiar, Susana, a esposa de Spurgeon, assim escreveu: "Fazíamos culto doméstico, quer hospeda¬dos em um rancho nas serras, quer num suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença de Cristo, que muitos crentes dizem impossível alcançar, era para ele a atmosfera natural; ele vivia e respirava nele (em Deus).

Antes de iniciar a construção do famoso templo em Londres, o Metropolitan Tabernacle, Spurgeon, com al¬guns dos seus membros, se ajoelharam no terreno entre as pilhas de materiais e rogaram a Deus que não permitisse que trabalhador algum morresse ou ficasse ferido durante a execução das obras de construção. Deus respondeu mara¬vilhosamente, não deixando acontecer qualquer acidente durante o tempo da construção do imponente edifício que media oitenta metros de comprimento, vinte e oito de lar¬gura e vinte de altura.

A igreja começou a edificar o tabernáculo com o alvo de liquidar todas as dívidas de materiais e pagar toda a mão-de-obra antes de findar a construção. Como de costume, pediram a Deus que os ajudasse a realizar esse desejo, e tudo foi pago antes do dia da inauguração.

"O Metropolitan Tabernacle foi acabado em março de 1861. Durante os trinta e um anos que se seguiram, uma média de 5.000 pessoas se congregavam ali todos os domin¬gos, pela manhã e à noite. De três em três meses Spurgeon pedia aos que haviam assistido neste período, que se au¬sentassem. Eles assim faziam, porém, o tabernáculo era superlotado por outras pessoas das massas ainda não al¬cançadas pela mensagem."

Durante certo período, pregou trezentas vezes em doze meses. O maior auditório, no qual pregou, foi no Crystal Palace, Londres, em 7 de outubro de 1857. O número exato de assistentes era de 23.654. Spurgeon esforçou-se tanto nessa ocasião, e o cansaço foi tal, que após o sermão da noi¬te de quarta-feira, dormiu até a manhã de sexta-feira!

Todavia, não se deve julgar que era somente no púlpito que a sua alma ardia pela salvação dos perdidos. Também se ocupava grandemente no evangelismo individual. Nesse sentido citamos aqui o que certo crente disse a respeito de¬le: "Tenho visto auditórios de 6.500 pessoas inteiramente levadas pelo fervor de Spurgeon. Mas ao lado de uma criança moribunda, que ele levara a Cristo, achei-a mais sublime do que quando dominava o interesse da multi¬dão".

Parece impossível que tal pregador tivesse tempo para escrever. Entretanto os livros da sua autoria, constituem uma biblioteca de cento e trinta e cinco tomos. Até hoje não há obra mais rica de jóias espirituais do que a de Spur¬geon, de sete volumes sobre os Salmos: "A Tesouraria de Davi". Ele publicou tão grande número de seus sermões,que, mesmo lendo um por dia, nem em dez anos o leitor os poderia ler todos. Muitos foram traduzidos em várias línguas e publicados nos jornais do mundo inteiro. Ele mesmo escrevia grande parte da matéria para seu jornal, "A Espada e a Colher", título este sugerido pela história da construção dos muros de Jerusalém no tempo angustioso de Neemias.

Além de pregar constantemente a grandes auditórios e de escrever tantos livros, esforçou-se em vários outros ra¬mos de atividades. Inspirado pelo exemplo de Jorge Müller, fundou e dirigiu o orfanato de Stockwell. Pediam a Deus e recebiam o necessário para levantar prédio após prédio e alimentar centenas de crianças desamparadas.

Reconhecendo a necessidade de instruir os jovens cha¬mados por Deus a proclamar o Evangelho, e, assim, alcan¬çar muito maior número de perdidos, fundou e dirigiu o Colégio dos Pastores, com a mesma fé em Deus que mos¬trou na obra de cuidar dos órfãos.

Impressionado pela vasta circulação de literatura vicio¬sa, formou uma junta de vendagem de livros evangélicos. Dezenas de vendedores foram sustentados e milhares de discursos feitos, além de muitas toneladas de Escrituras e outros livros vendidos de casa em casa.

Acerca de tão estupendo êxito na vida de Spurgeon, convém notar o seguinte: Nenhum dos seus antepassados alcançou fama. Sua voz podia pregar às maiores multi¬dões, mas outros pregadores sem fama gozavam também da mesma voz. O Príncipe dos Pregadores era, antes de tu¬do, O Príncipe de Joelhos. Como Saulo de Tarso, entrou no Reino de Deus, também agonizando de joelhos. No caso de Spurgeon, essa angústia durou seis meses. Depois (assim aconteceu com Saulo) a oração fervorosa era um hábito na sua vida. Aqueles que assistiam aos cultos no grande Ta-bernáculo Metropolitano diziam que as orações eram a parte mais sublime dos cultos.

Quando alguém perguntava a Spurgeon a explicação do poder na sua pregação, O Príncipe de Joelhos apontava para a loja que ficava sob o salão do Metropolitan Taber¬nacle e dizia: "Na sala que está embaixo, há trezentos crentes que sabem orar. Todas as vezes que prego eles se reúnem ali para sustentar-me as mãos, orando e suplican¬do ininterruptamente. Na sala que está sob os nossos pés é que se encontra a explicação do mistério dessas bênçãos."

Spurgeon costumava dirigir-se aos alunos no Colégio dos Pastores desta forma: "Permanecei na presença de Deus!... Se o vosso fervor esfriar, não podereis orar bem no púlpito... pior com a família... e ainda pior nos estudos, so¬zinhos. Se a alma se tornar magra, os ouvintes, sem sabe¬rem como ou por quê, acharão que vossas orações públicas têm pouco sabor."

Ainda sobre a oração, sua esposa deu este testemunho: "Ele dava muita importância à meia-hora de oração que passava com Deus antes de começar o culto." Certo crente também escreveu a esse respeito: "Sente-se, durante a sua oração pública, que ele é um homem de bastante força para levar nas mãos ungidas as orações duma multidão. Isto é a idéia mais grandiosa, de sacerdote entre Deus e os homens".

Convicto do grande poder da oração, Spurgeon desig¬nou o mês de fevereiro, de cada ano, no Grande Taberná¬culo, para realizar a convenção anual e fazer súplicas por um avivamento na obra de Deus. Nessas ocasiões, passa¬vam dias inteiros em jejum e oração, oração que se tornava mais e mais fervorosa. Não só sentiam a gloriosa presença do Espírito Santo nesses cultos, mas era-lhes aumentado o poder com frutos abundantes.

Na sua autobiografia, desde o começo do seu ministério em Londres, consta que pessoas gravemente enfermas fo¬ram curadas em resposta às suas orações.
A vida de Spurgeon não era vida egoísta e de interesse próprio. Juntamente com sua esposa, fez os maiores sa¬crifícios para colocar livros espirituais nas mãos de um grande número de pregadores pobres e ambos contribuíam constantemente para o sustento das viúvas e órfãos. Rece¬biam grandes somas de dinheiro, mas davam tudo para o progresso da obra de Deus.

Não buscava fama nem a honra de fundador de outra denominação, como muitos amigos esperavam. A sua pre¬gação nunca foi feita para sua própria glória, porém tinha como alvo a mensagem da Cruz, para levar os ouvintes a Deus. Considerava seus sermões como se fossem setas e dava todo o seu coração, empregava toda a sua força espi¬ritual em produzir cada um. Pregava confiando no poder do Espírito Santo, empregando o que Deus lhe concedera para "matar" o maior número de ouvintes.
"Carlos Hadon Spurgeon recebia o fogo do Céu, estu¬dando a Bíblia, horas a fio, em comunhão com Deus."

Cristo era o segredo do seu poder. Cristo era o centro de tudo, para ele; sempre e unicamente Cristo.
J. P. Fruit disse: "Quando Spurgeon orava, parecia que Jesus estava em pé ao seu lado."

As suas últimas palavras, no leito de morte, dirigidas à sua esposa, foram: "Oh! querida, tenho desfrutado um tempo mui glorioso com meu Senhor!" Ela, ao ver, por fim, que seu marido passaria para o outro lado, caiu de joe¬lhos e com lágrimas exclamou. "Oh! bendito Senhor Jesus, eu te agradeço o tesouro que me emprestaste no decurso destes anos; agora Senhor, dá-me força e direção durante todo o futuro."
Seis mil pessoas assistiram ao culto de funeral. No cai¬xão estava uma Bíblia aberta, mostrando este texto usado por Deus para convertê-lo: "Olhai para mim, e sede salvos, todos os confins da terra."

O cortejo fúnebre passou entre centenas de milhares de pessoas postadas em pé nas calçadas; os homens des¬cobriam-se à passagem do cortejo e as mulheres choravam.
O túmulo simples do célebre Príncipe dos Pregadores, no cemitério de Norwood, testifica da verdadeira grandeza da sua vida. Ali estão gravadas estas humildes palavras:

Aqui jaz o corpo de
CARLOS HADON SPURGEON
esperando o aparecimento do seu
Senhor e Salvador
JESUS CRISTO

Heróis da Fé: João Wesley


Retirado do livro de Orlando Boyer" Heróis da Fé "
Postado Por Frankcimarks Oliveira

João Wesley
Tocha tirada do fogo
(1703-1791)


O céu, à meia-noite, era iluminado pelo reflexo sombrio das chamas que devoravam vorazmente a casa do pastor Samuel Wesley. Na rua, ouviam-se os gritos: "Fogo! Fo¬go!" Contudo, a família do pastor continuava a dormir tranqüilamente, até que os escombros ardentes caíram sobre a cama de uma filha, Hetty. A menina acordou sobressaltada e correu para o quarto do pai. Sem poder sal¬var coisa alguma das chamas, a família foi obrigada a sair casa a fora, vestindo apenas as roupas de dormir, numa temperatura gélida.

A ama, ao ser despertada pelo alarme, arrebatou a criança menor, Carlos, do berço. Chamou os outros meni¬nos, insistindo que a seguissem, desceu a escada; porém, João, que então contava cinco anos e meio, ficou dormin¬do.
Três vezes a mãe, Susana Wesley, que se achava doen¬te, tentou, debalde, subir a escada. Duas vezes o pai ten¬tou, em vão, passar pelo meio das chamas, correndo. Sentindo o perigo, ajuntou a família no jardim, onde todos caí¬ram de joelhos e suplicaram a favor da criança presa pelo fogo.

Enquanto a família orava, João acordou e, depois de tentar descer pela escada, subiu numa mala que estava em frente a uma janela, onde um vizinho o viu em pé. O vizi¬nho chamou outras pessoas e conceberam o plano de um deles subir nos ombros de um primeiro enquanto um ter¬ceiro subia nos ombros do segundo, e alcançaram a crian¬ça. Dessa maneira, João foi salvo da casa em chamas, ape¬nas instantes antes de o teto cair com grande fragor.

O menino foi levado, pelos intrépidos homens que o sal¬varam, para os braços do pai. "Cheguem, amigos!", cla¬mou Samuel Wesley, ao receber o filhinho, "ajoelhemo-nos e agradecemos a Deus! Ele me restituiu todos os meus fi¬lhos; deixem a casa arder; os meus recursos são suficien¬tes." Quinze minutos depois, casa, livros, documentos e mobiliários, não existiam mais.
Anos depois, em certa publicação, apareceu o retrato de João Wesley e embaixo a representação de uma casa ar¬dendo, com as palavras: "Não é este um tição tirado do fo¬go?" (Zacarias 3.2).

Encontra-se nos escritos de Wesley, a seguinte referên¬cia interessante, desse histórico sinistro: "Em 9 de feverei¬ro de 1750, durante um culto de vigília, cerca das onze ho¬ras da noite, lembrei-me de que era esse o dia e a hora, ha¬via quarenta anos, em que me tiraram das chamas. Apro¬veitei-me do ensejo para relatar a maravilhosa providên¬cia. Os louvores e as ações de graças subiram às alturas e grande foi o regozijo perante o Senhor". Tanto o povo, como João Wesley, já sabiam naquele tempo porque o Se¬nhor o poupara do incêndio.

O historiador Lecky, nomeia o Grande Avivamento como sendo a influência que salvou a Inglaterra de uma re¬volução, igual à que, na mesma época, deixou a França em ruínas. Dos quatro vultos que se destacaram no Grande Avivamento, João Wesley era o maior. Jônatas Edwards, que nasceu no mesmo ano de Wesley, faleceu trinta e três anos antes dele; Jorge Whitefield, nascido onze anos de¬pois de Wesley, faleceu vinte anos antes dele; e Carlos Wesley continuou o seu itinerário efetivo somente dezoito anos, enquanto João continuou durante meio século.

Mas a biografia deste célebre pregador, para ser com¬pleta, deve incluir a história de sua mãe, Susana. De fato, é como certo biógrafo escreveu: "Não se pode traçar a his¬tória do Grande Avivamento do século passado (1700), na Inglaterra, sem dar uma grande parte da herança merecida à mãe de João e Carlos Wesley; isso não somente por causa da instrução que inculcou profundamente aos filhos, mas por causa da direção que deu ao avivamento."

A mãe de Susana era filha de um pregador. Esforçada na obra de Deus, casou-se com o eminente ministro, Sa¬muel Annesley. Dos vinte e cinco filhos deste enlace, Susa¬na era a vigésima quarta. Durante a vida, seguiu o exem¬plo da sua mãe, passando uma hora de madrugada e outra à noite, orando e meditando sobre as Escrituras. Pelo que ela escreveu certo dia, vê-se como se dedicava à oração: "Que Deus seja louvado por todos os dias em que nos com¬portamos bem. Mas estou ainda descontente, porque não desfruto muito de Deus; sei que me conservo demasiada¬mente longe dele; anseio ter a alma mais intimamente li¬gada a Ele pela fé e amor".

João era o décimo-quinto filho dos dezenove filhos de Samuel e Susana Wesley. O que vamos transcrever, escrito pela mãe de João, mostra como ela era fiel em "ordenar a seus filhos e a sua casa depois" dela (Gênesis 18.19): "Para formar a mente da criança, a primeira coisa é vencer-lhe a vontade. A obra de instruir o intelecto leva tempo e deve ser gradual, conforme a capacidade da criança. Mas o sub¬jugar-lhe a vontade deve ser feito de uma vez, e quanto mais cedo tanto melhor... Depois, pode-se governar a criança pela razão e piedade dos pais, até chegar o tempo de a criança poder, também exercer o raciocínio."

Acerca de Samuel e Susana Wesley e seus filhos, o cé¬lebre comentador da Bíblia, Adão Clark, escreveu: "nunca li nem ouvi falar duma família; não conheço e nem existe outra, desde os dias de Abraão e Sara, de José e Maria de Nazaré, à qual a raça humana deve tanto."
Susana Wesley acreditava que "aquele que poupa a va¬ra, aborrece a seu filho" (Provérbios 13.24), e não consentia que seus filhos chorassem em voz alta. Assim, apesar de a casa estar repleta de crianças, nunca havia tempos tristonhos nem balbúrdia no lar do pastor. Um filho jamais ganhou coisa alguma chorando, na casa de Susana Wesley.

Susana marcava o quinto aniversário de cada filho como o dia em que deviam aprender o alfabeto; e todos, a não ser dois, cumpriram a tarefa no tempo marcado. No dia seguinte, a criança que completava cinco anos e apren¬dia o alfabeto, começava o estudo da leitura, iniciando-o com o primeiro versículo da Bíblia.

"Os meninos no lar de Samuel Wesley aprenderam o valor que há em observar fielmente os cultos. Não há em outras histórias fatos tão profundos e atraentes como o que consta acerca dos filhos de Samuel e Susana Wesley, pois antes de saberem ajoelhar-se ou falar, eram instruídos a dar graças pelo alimento, por meio de acenos apropriados. Logo que aprendiam a falar, repetiam a Oração Dominical de manhã e à noite; e eram ensinados, também, a acres¬centar outros pedidos, conforme o seu desejo... Ao chega¬rem à idade própria, um dia da semana era designado a cada filho, para conversar sobre as 'dúvidas e dificulda¬des'. Na lista aparecem os nomes de João, para quarta-feira, e o de Carlos, para o sábado. E para os filhos, o dia de cada um tornou-se precioso e memorável... É comovente ler o que João Wesley, vinte anos depois de sair da casa pa¬terna disse à sua mãe: "Em muitas coisas a senhora tem intercedido por mim e tem prevalecido. Quem sabe se ago¬ra também, na intercessão para que eu renuncie inteira¬mente o mundo, terá bom êxito?... Sem dúvida será tão eficaz para corrigir o meu coração, como era então para formar o meu caráter."

Depois do espetacular salvamento de João do incêndio, sua mãe, profundamente convencida de que Deus tinha grandes planos para seu filho, resolveu firmemente criá-lo para servir e ser útil na obra de Cristo. Susana escreveu es¬tas palavras nas suas meditações particulares: "Senhor, esforçar-me-ei mais definitivamente em prol desta crian¬ça, a qual salvaste tão misericordiosamente. Procurarei transmitir-lhe fielmente ao coração os princípios da tua re¬ligião e virtude. Senhor, dá-me a graça necessária para fazer isso sincera e sabiamente, e abençoa os meus esforços com grande êxito!"

Ela era tão fiel, em cumprir sua resolução, que João foi admitido a participar da Ceia do Senhor, com a idade de oito anos.
Nunca se omitia o culto doméstico do programa do dia, no lar de Samuel Wesley. Fosse qual fosse a ocupação dos membros da família, ou dos criados, todos se reuniam para adorar a Deus. Na ausência do marido, Susana, com o co¬ração aceso pelo fogo dos céus, dirigia os cultos. Conta-se que, certa vez, quando ele prolongou a ausência mais do que de costume, trinta e quarenta pessoas assistiram aos cultos no lar dos Wesley e a fome pela Palavra de Deus au¬mentou, a ponto de a casa ficar repleta das pessoas da vizi¬nhança que assistiam aos cultos.

A família do pastor Samuel Wesley vivia rodeada de pobreza, mas pela influência do Duque de Buckinghan, conseguiram um lugar para João na Charterhouse, em Londres. Assim, o menino, antes de completar onze anos, deixou a atmosfera fragrante de oração ardente, para en¬frentar as porfias de uma escola pública. Contudo, não ce¬deu ao ambiente de pecado de que estava rodeado. Conser¬vava, também, as suas forças físicas, obedecendo fielmen¬te o conselho de seu pai, que corresse três vezes, de madru¬gada, em redor do grande jardim da Charterhouse. Tomou como regra da sua vida, dali em diante, manter o vigor do corpo. Aos 80 anos, apesar de seu físico franzino, conside¬rava coisa insignificante andar de pé uma légua e meia, para pregar.

Conta-se um exemplo da influência que João exercia sobre seus colegas de Charterhouse. Certo dia o porteiro sentiu falta dos meninos no terraço de recreio e foi achá-los em uma das salas, congregados em redor de João. Este contava-lhes histórias instrutivas, as quais atraíam mais do que o recreio.

Acerca deste tempo, João Wesley escreveu: "Eu parti¬cipava de várias coisas que reconhecia como sendo pecado, embora não fossem escandalosas aos olhos do mundo. Con¬tudo, continuei a ler as Escrituras e a orar de manhã e à noite. Baseava a minha salvação sobre os seguintes pontos:1) Não me considerava tão perverso como o próximo. 2) Conservava a inclinação de ser religioso. 3) Lia a Bíblia, assistia aos cultos e fazia oração".

Depois de estudar seis anos na Charterhouse, Wesley cursou em Oxford, tornando-se proficiente no latim, grego, hebraico e francês. Mas seu interesse principal não era o intelecto. Sobre esse assunto ele escreveu: "Comecei a re¬conhecer que a religião verdadeira tem a sua fonte no cora¬ção... reservei duas horas, todos os dias, para ficar sozinho com Deus. Participava da Ceia do Senhor de oito em oito dias. Guardei-me de todo o pecado, quer de palavras, quer de atos. Assim, na base das boas obras que praticava, eu me considerava um bom crente".

João se esforçava para levantar-se todos os dias às qua¬tro horas. Por meio de anotações que escrevia diariamente de tudo que fazia durante o dia, conseguia dar conta de seu tempo para não desperdiçar um momento. Continuou a observar esse costume até quase o último dia da sua vida.
Certo dia, quando ainda jovem, assistiu a um enterro em companhia de um moço, e conseguiu levá-lo a Cristo, ganhando, assim, a primeira alma para seu Salvador. Al¬guns meses depois, com a idade de 24 anos, e depois de um período de oração, foi separado para o diaconato.

Enquanto estudava em Oxford, ajuntava-se ali um pe¬queno grupo dos estudantes para orar, estudar as Escritu¬ras juntos diariamente, jejuar às quartas e sextas-feiras, visitar os doentes e encarcerados e confortar os criminosos na hora da execução. Todas as manhãs e todas as noites cada um passava uma hora orando sozinho em oculto. Nas orações paravam de vez em quando para observarem se oravam com o devido fervor. Sempre oravam ao entrar e ao sair dos cultos na igreja. Três dos membros desse grupo, mais tarde tornaram-se famosos entre os crentes: 1) João Wesley, que talvez tenha feito mais que qualquer outro para aprofundar a vida espiritual, não somente de então, mas também de nosso tempo; 2) Carlos Wesley, que che¬gou a ser um dos mais espirituais e famosos escritores de hinos evangélicos; e 3) Jorge Whitefield, que se tornou o comovente pregador ao ar livre.

Naquele tempo, sentia-se a influência de João Wesleyem muitas partes das Américas, e hoje ainda é sentida. Contudo, passou menos que dois anos neste continente, e isto durante o período da sua vida, quando se achava per¬turbado por causa de dúvidas. Aceitou a chamada para pregar o Evangelho aos silvícolas na colônia de Geórgia, desejoso de ganhar sua salvação por meio de boas obras. Pensou que vaidade e ostentação mundana não se encon¬trariam nas matas da América.

Como era característico em sua vida, a bordo do navio em viagem à América do Norte, observava, com outros de seu grupo, um programa para não desperdiçar um momen¬to durante o dia; levantava-se às quatro horas e deitava-se depois das vinte e uma. As primeiras três horas do dia eram dedicadas à oração e estudo das Escrituras. Depois de cumprir tudo que estava indicado no programa do dia, o cansaço era tanto que, não obstante o bramido do mar e o balanço do navio, dormiam sem perturbação, deitados sobre um cobertor estendido no convés.

Na Geórgia, a população inteira afluía à igreja para ou¬vir a sua pregação. A influência de seus sermões foi tal que, depois de dez dias, uma sala de baile ficou quase inteira¬mente abandonada, enquanto a igreja se enchia de pessoas que oravam e eram salvas.

Whitefield, que desembarcou na Geórgia alguns meses depois de Wesley voltar à Inglaterra, assim descreveu o que viu: "O êxito de João Wesley na América é indizível. Seu nome é precioso entre o povo, onde lançou os alicerces que nem os homens nem os demônios podem abalar. Oh! que eu possa segui-lo como ele seguiu a Cristo!" Contudo, a Wesley faltava uma coisa muito importante, conforme se vê pelos acontecimentos que o levaram a sair da Geórgia, como ele mesmo escreveu:
"Faz dois anos e quase quatro meses que deixei a mi¬nha terra natal para pregar Cristo aos índios da Geórgia; entretanto, o que cheguei eu â saber? Ora, vim a saber o que eu menos esperava: fui à América para converter ou¬tros, mas nunca fora realmente convertido a Deus."

Depois de voltar à Inglaterra, João Wesley começou a servir a Deus com a fé de um filho e não mais com a fé dum simples servo. Acerca desse assunto, eis o que ele escreveu:"Não reconhecia que esta fé era dada instantaneamente, que o homem podia sair das trevas para a luz imediata¬mente, do pecado e da miséria para a justiça e gozo do Espírito Santo. Examinei de novo as Escrituras sobre este ponto, especialmente Atos dos Apóstolos. Fiquei grande¬mente surpreendido ao ver quase que somente conversões instantâneas; quase nenhuma tão demorada como a de Saulo de Tarso". Desde então começou a sentir mais e mais fome e sede de justiça, a justiça de Deus pela fé.

Fracassara na sua primeira tentativa de pregar o Evan¬gelho na América, porque, apesar de seu zelo e bondade de caráter, o cristianismo que possuía era uma coisa que rece¬bera por instrução. Mas a segunda etapa de seu ministério destacou-se por um êxito fenomenal. E porque o fogo de Deus ardia na sua alma, chegara a ter contato direto com Deus por uma experiência pessoal.

Relatamos aqui, com suas próprias palavras, a sua ex¬periência na qual o Espírito testificou ao seu espírito que era filho de Deus. Essa experiência transformou completa¬mente a sua vida.

"Eram quase cinco horas, hoje, quando abri o Novo Testamento e encontrei estas palavras: 'Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas para que por elas fi¬queis participantes da natureza divina" (2 Pedro 1.4). An¬tes de sair, abri mais uma vez o Novo Testamento para ler estas outras palavras: 'Não estás longe do reino de Deus...' (Marcos 12.34). À noite, senti-me impelido a assistir em Aldersgate... Senti o coração abrasado; confiei em Cristo, somente em Cristo, para a salvação: foi-me dada a certeza de que Ele levara os meus pecados e de que me salvara da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todas as mi¬nhas forças... e testifiquei a todos os presentes do que sen¬tia no coração."

Depois dessa experiência em Aldersgate, Wesley aspi¬rava a bênçãos ainda maiores do Senhor, conforme ele mesmo escreveu: "Eu suplicava a Deus que cumprisse to¬das as suas promessas na minha alma. O Senhor honrou este anelo, em parte, não muito depois, enquanto eu orava com Carlos, Whitefield e cerca de sessenta outros crentes em Fetter Lane". São de João Wesley também estas palavras: "Cerca das três horas da madrugada, enquanto perseverávamos em oração (Romanos 12.12), o poder de Deus nos sobreveio de tal maneira, que bradamos impulsiona¬dos de grande gozo e muitos caíram ao chão. A seguir, ao passar um pouco o temor e a surpresa que sentimos na pre¬sença da majestade divina, rompemos em uma só voz: 'Louvamos-te, ó Deus, aceitamos-te como Senhor'".

Essa unção do Espírito Santo dilatou grandemente os horizontes espirituais de Wesley; o seu ministério tornou-se excepcionalmente frutuoso e ele trabalhou ininterrupta¬mente durante 53 anos, com o coração abrasado pelo amor divino.
Um pastor prega, em média, cem vezes por ano, mas João Wesley pregou cerca de 780 Vezes por ano, durante 54 anos. Esse homenzinho, com a altura de apenas um metro e sessenta e seis centímetros e pesando menos de sessenta quilos, dirigia-se a grandes multidões e sob as maiores pro¬vações. Quando as igrejas lhe fecharam as portas, levan¬tou-se para pregar ao ar livre.

Apesar de enfrentar a apatia espiritual quase geral nos crentes, a par de uma onda de devassidão e crimes no país inteiro, multidões de 5 mil a 20 mil afluíam para ouvir seus sermões. Tornou-se comum, nesses cultos, os pecadores acharem-se tão angustiados, que gritavam e gemiam. Se célebres materialistas, tais como Voltaire e Tomaz Paine, gritaram de convicção ao se encontrarem com Deus no lei¬to de morte, não é de admirar que centenas de pecadores gemessem, gritassem e caíssem ao chão, como mortos, quando o Espírito Santo os levava a sentir a presença de Deus. Multidões de perdidos, assim, tornavam-se novas criaturas em Cristo Jesus, nos cultos de João Wesley. Mui¬tas vezes os ouvintes eram levados às alturas de amor, gozo e admiração; recebiam também visões da perfeição divina e das excelências de Cristo, até ficarem algumas horas como mortos. (Ver Apocalipse 1.17.)

Como todos que invadem o território de Satanás, os ir¬mãos Carlos e João Wesley, tinham de sofrer terríveis per¬seguições. Em Moorfield os inimigos do Evangelho acaba¬ram com o culto, destruindo a mesa em que João subira para pregar e o insultaram e maltrataram. Em Sheffield, a casa foi demolida sobre a cabeça dos crentes. Em Wednesbury, destruíram as casas, roupas e móveis dos crentes, deixando-os desabrigados, expostos à neve e ao temporal. Diversas vezes João Wesley foi apedrejado e arrastado como morto, na rua. Certa vez foi espancado na boca, no rosto e na cabeça até ficar coberto de sangue.

Mas a perseguição da parte da igreja decadente era a sua maior cruz. Foram denunciados como "falsos profe¬tas", "paroleiros", "impostores arrogantes", "homens des¬tros na astúcia espiritual", "fanáticos", etc. Ao voltar para visitar Epworth, onde nascera e se criara, João assistiu, no domingo, ao culto da manhã e ao culto da tarde, na igreja onde seu pai fora fiel pastor durante muitos anos, mas não lhe foi concedida a oportunidade de falar ao povo. Às de¬zoito horas, João, em pé, sobre o monumento, que marcava o lugar em que enterraram seu pai, ao lado da igreja, pre¬gou ao maior auditório jamais visto em Epworth - e Deus salvou muitas almas.

- Qual a causa de tão grande oposição? Entre os crentes da igreja dormente , alegava-se que eram as suas pregações sobre a justificação pela fé, e a santificação. Os descrentes não gostavam dele porque "levou o povo a se levantar para cantar hinos às cinco da madrugada."

João Wesley não somente pregava mais que os outros pregadores, mas os excedia como pastor, exortando e con¬fortando os crentes, e visitando de casa em casa.
Nas suas viagens, andava tanto a cavalo, como a pé, ora em dias ensolarados, ora sob chuvas, ora em temporais de neve. Durante os 54 anos do seu ministério, andou, em média, mais de 7 mil quilômetros por ano, para alcançar os pontos de pregação.
Esse homenzinho que andava 7 mil quilômetros por ano, ainda tinha tempo para a vida literária. Leu não me¬nos de 1.200 tomos, a maior parte enquanto andava a cava¬lo. Escreveu uma gramática hebraica, outra de latim, e ainda outras de francês e inglês. Serviu durante muitos anos como redator dum jornal de 56 páginas. O dicionário completo que compilou da língua inglesa era muito popu¬lar, e seu comentário sobre o Novo Testamento ainda tem grande circulação. Revisou e republicou uma biblioteca de cinqüenta volumes, reduzindo-a para trinta volumes. O li¬vro que escreveu sobre a filosofia natural teve grande acei¬tação entre o ministério. Compilou uma obra de quatro vo¬lumes sobre a história da Igreja. Escreveu e publicou um livro sobre a história de Roma e outro sobre a da Inglater¬ra. Preparou e publicou três volumes sobre medicina e seis sobre música para os cultos. Depois da sua experiência em Fetter Lane, ele e seu irmão Carlos, escreveram e publica¬ram 54 hinários. Diz-se que ao todo escreveu mais que 230 livros.

Esse homem de físico franzino, ao completar 88 anos, escreveu: "Durante mais de 86 anos não experimentei qualquer debilidade de velhice; os olhos nunca escurece¬ram, nem perdi o meu vigor". Com a idade de 70 anos, pre¬gou a um auditório de 30 mil pessoas, ao ar livre, e foi ouvi¬do por todos. Aos 86 anos fez uma viagem à Irlanda, na qual, além de pregar seis vezes ao ar livre, pregou cem ve¬zes em sessenta cidades. Certo ouvinte assim se referiu a Wesley: "Seu espírito era tão vivo como aos 53 anos, quan¬do o encontrei pela primeira vez".

Atribuiu a sua saúde às seguintes regras: 1) Ao exercí¬cio constante e ar fresco. 2) Ao fato de nunca, mesmo doen¬te ou com saúde, em terra ou no mar, haver perdido uma noite de sono desde o seu nascimento. 3) À habilidade de dormir, de dia ou de noite, ao sentir-se cansado. 4) Ao fato de observar a regra por mais que sessenta anos de se levan¬tar às 4 horas da manhã. 5) Ao costume de sempre orar às 5 da manhã, durante mais que cinqüenta anos. 6) Ao fato de quase nunca sofrer de dor, desânimo ou cuidado durante a vida inteira.

Não nos devemos esquecer da fonte desse vigor que João Wesley manifestava. Passava duas horas diariamente em oração, e muitas vezes mais. Iniciava o dia às quatro horas. Certo crente que o conhecia intimamente, assim es¬creveu acerca dele: "Considerava a oração a coisa mais im¬portante da sua vida e eu o tenho visto sair do quarto com a serenidade de alma visível no rosto até quase brilhar".

A qualquer história da vida de João Wesley faltará o ponto principal, se não se fizer menção dos cultos de vigília que se realizavam uma vez por mês entre os crentes. Esses cultos se iniciavam às 20 horas e continuavam até depois da meia-noite - ou até cair o Espírito Santo sobre eles. Ba¬seavam tais cultos sobre as referências no Novo Testamen¬to, de noites inteiras passadas em oração. Foi assim que al¬guém se referiu ao sucesso: "Explica-se o poder de Wesley pelo fato de ele ser 'homo unius libri', isto é, um homem de um livro, e esse Livro é a Bíblia".
Pouco antes da sua morte, escreveu: "Hoje passamos o dia em jejum e oração para que Deus alargasse a sua obra. Só encerramos depois de uma noite de vigília, na qual o co¬ração de muitos irmãos foi grandemente confortado".

No seu diário, João Wesley escreveu, entre outras coi¬sas, sobre oração e jejum, o seguinte: "Enquanto cursava em Oxford... jejuávamos às quartas e às sextas-feiras, como faziam os crentes primitivos em todos os lugares. Es¬creveu Epifânio (310-403): 'Quem não sabe que o jejum das quartas e das sextas-feiras é observado pelos crentes do mundo inteiro?"' Wesley continuou: "Não sei porque eles guardavam esses dois dias, mas é boa a regra; se lhes ser¬via, também me serve. Contudo, não quero dar a entender que o único tempo de jejuar seja esses dois dias da semana, porque muitas vezes é necessário jejuar mais do que dois dias. É necessário permanecer sozinho e na presença de Deus, enquanto jejuamos e oramos, para que Deus possa mostrar-nos a sua vontade e dar-nos direção. Nos dias de jejum devemos afastar-nos, o mais possível, de todo servi¬ço, de fazer visitas e das diversões, apesar dessas coisas se¬rem lícitas em outras ocasiões".

Seu gozo em pregar ao ar livre não diminuiu na velhice: Em 7 de outubro de 1790, pregou pela última vez fora de casa, sobre o texto: "O reino de Deus está próximo, arrependei-vos, e crede no Evangelho". "A palavra manifes¬tou-se com grande poder e as lágrimas do povo corriam em torrentes".

Um por um, seus fiéis companheiros de luta, inclusive sua esposa, foram chamados para o descanso, mas João Wesley continuava a trabalhar. Com a idade de 85 anos, seu irmão, Carlos, foi chamado pelo Senhor e João sentou-se perante a multidão, cobrindo o rosto com as mãos, para esconder as lágrimas que lhe corriam pelas faces. Seu ir-mão a quem amava tanto durante tão longo tempo, partira e ele, agora, tinha de trabalhar sozinho.

Em 2 de março de 1791, com a idade de quase 88 anos, completou a sua carreira terrestre. Durante toda a noite anterior, não cessaram em seus lábios o louvor e a adora¬ção, pronunciando estas palavras: "As nuvens distilam a gordura". Sua alma saltou de alegria com a antecipação das glórias do lar eterno e exclamou: "O melhor de tudo é que Deus está conosco". Então, levantando a mão, como se fosse o sinal da vitória, novamente repetiu: "O melhor de tudo é que Deus está conosco". Às 10 horas da manhã, en¬quanto os crentes rodeavam o leito, em oração, ele disse: "Adeus!", e assim passou para a presença do Senhor.

Um crente que assistiu à sua morte, assim relatou o ato: "A presença divina pairava sobre todos nós; não exis¬tem palavras para descrever o que vimos no seu semblan¬te! Quanto mais o fitávamos, tanto mais víamos parte dos indizíveis céus".
Calcula-se que dez mil pessoas em desfile passaram diante do ataúde para ver o rosto que ainda retinha um sorriso celestial. Por causa das grandes massas que afluí¬ram para honrá-lo, foi necessário enterrá-lo às cinco horas da manhã.
João Wesley nasceu e criou-se em um lar onde não ha¬via abundância de pão. Com a venda dos livros da sua au¬toria ganhou uma fortuna, com a qual contribuía para a causa de Cristo; ao falecer, deixou no mundo "duas colheres, uma chaleira de prata, um casaco velho" e dezenas de milhares de almas, salvas em épocas de grande decadência espiritual.

A tocha em Epworth foi arrebatada do fogo, em Aldersgate e Fetter Lane começou a arder intensamente, e conti¬nua a iluminar milhões de almas no mundo inteiro.

Heróis da Fé: Jônatas Edwards


Retirado do Livro de Orlando Boyer " Heróis Da Fé "
Postado Por Frankcimarks Oliveira

Jônatas Edwards
Grande despertador
(1703-1758)

Há dois séculos que o mundo fala do famoso sermão: Pecadores nas mãos de um Deus irado e dos ouvintes que se agarravam aos bancos pensando que iam cair no fogo eterno. Esse fato foi, apenas, um dos muitos que acontece¬ram nas reuniões em que o Espírito Santo desvendava os olhos dos presentes para eles contemplarem as glórias do Céu e a realidade do castigo que está bem perto daqueles que estão afastados de Deus.

Jônatas Edwards, entre os homens, era o vulto maior nesse avivamento, que se intitulava O grande desperta¬mento. Sua vida é um exemplo destacado de consagração ao Senhor para o desenvolvimento maior do intelecto e, sem qualquer interesse próprio, de deixar o Espírito Santo usar o mesmo intelecto como instrumento nas suas mãos. Amava a Deus, não somente de coração e alma, mas tam¬bém de todo o entendimento. "Sua mente prodigiosa apo¬derava-se das verdades mais profundas". Contudo, "sua alma era, de fato, um santuário do Espírito Santo". Sob aparente calma exterior, ardia nele o fogo divino, como um vulcão.

Os crentes atuais devem a esse herói, graças à sua per¬severança em orar e estudar sob a direção do Espírito, a volta às várias doutrinas e práticas da igreja primitiva. Grande é o fruto da dedicação do lar em que Edwards nas¬ceu e se criou. Seu pai foi o amado pastor de uma só igreja durante um período de sessenta e quatro anos. Sua piedosa mãe era filha de um pregador que pastoreou uma igreja durante mais de cinqüenta anos.

Dez das irmãs de Jônatas, quatro eram mais velhas do que ele e seis mais novas. "Muitas foram as orações que os pais ofereceram a Deus, para que o único e amado filho fos¬se cheio do Espírito Santo, e que se tornasse grande peran¬te o Senhor. Não somente oravam assim, fervorosa e cons¬tantemente, mas mostravam-se igualmente zelosos em criá-lo para Deus. As orações, à volta da lareira, os estimu¬laram a se esforçarem, e seus esforços redobrados os moti¬varam a orarem mais fervorosamente... O ensino religioso e permanente resultou em Jônatas conhecer intimamente a Deus, quando ainda criança".

Quando Jônatas tinha sete ou oito anos, houve um despertamento na igreja de seu pai, e o menino acostumou-se a orar sozinho, cinco vezes, todos os dias, e a chamar ou¬tros da sua idade para orarem com ele.

Citamos aqui as suas palavras sobre esse assunto: "A primeira experiência, de que me lembro, de sentir no ínti¬mo a delícia de Deus e das coisas divinas, foi ao ler as pala¬vras de 1 Timóteo 1.7: 'Ora, ao Rei dos séculos, imortal, in¬visível; ao único Deus seja honra e glória para todo o sem¬pre. Amém'. Sentia a presença de Deus até arder o coração e abrasar a alma de tal maneira, que não sei descrevê-la... Gostava de passar o tempo olhando para a lua e, de dia, a contemplar as nuvens e os céus. Passava muito tempo ob¬servando a glória de Deus, revelada na natureza e cantan¬do as minhas contemplações do Criador e Redentor... An¬tes me sentia demasiado assombrado ao ver os relâmpagos e ouvir a troar do trovão. Porém mais tarde eu me regozija¬va ao ouvir a majestosa e terrível voz de Deus na trovoada". Antes de completar treze anos, iniciou seu curso em Yale College, onde, no segundo ano, leu atentamente a fa¬mosa obra de Locke: Ensaio sobre o entendimento huma¬no. Vê-se, nas suas próprias palavras acerca dessa obra, o grande desenvolvimento intelectual do moço: "Achei mais gozo nisso do que o mais ávido avarento, em ajuntar gran¬des quantidades de ouro e prata de tesouros recém-adquiridos".

Edwards, antes de completar dezessete anos, diplo¬mou-se no Yale College com as maiores honras. Sempre es¬tudava com esmero, mas também conseguia tempo para estudar a Bíblia, diariamente. Depois de. diplomar-se, con¬tinuou seus estudos em Yale, durante dois. anos e foi então separado para o ministério.
Foi nessa altura que seu biógrafo escreveu acerca de seu costume de dedicar certos dias para jejuar, orar e exami¬nar-se a si mesmo.

Acerca da sua consagração, com idade de vinte anos, Edwards escreveu: "Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direi¬tos de forma alguma... travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida".
Alguém assim se referiu a Jônatas: "Sua constante e solene comunhão com Deus, em secreto, fazia com que o rosto dele brilhasse perante o próximo, e sua aparência, semblante, palavras e todo o seu comportamento eram acompanhados por seriedade, gravidade e solenidade".

Aos vinte e quatro anos casou-se com Sara Pierrepont, filha de um pastor, e desse enlace nasceram, como na família do pai de Edwards, onze filhos.
Ao lado de Jônatas Edwards, no Grande Despertamento, estava o nome de Sara Edwards, sua fiel esposa e ajudadora em tudo. Como seu marido, ela nos serve como exemplo de rara intelectualidade. Profundamente estudio¬sa, inteiramente entregue ao serviço de Deus, ela era co¬nhecida por sua santa dedicação ao lar, pelo modo de criar seus filhos e pela economia que praticava, movida pelas palavras de Cristo: "Para que nada se perca". Mas antes de tudo, tanto ela como seu marido eram conhecidos por suas experiências em oração. Faz-se menção destacada es¬pecialmente dum período de três anos, durante o qual, apesar de gozar de perfeita saúde, ficava repetidas vezes sem forças, por causa das revelações do Céu. A sua vida in¬teira foi de intenso gozo no Senhor.

Jônatas Edwards costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando. Sua esposa, também, diaria¬mente o acompanhava na oração. Depois da última refei¬ção, ele deixava toda a lida, a fim de passar uma hora com a família.
- Mas, quais as doutrinas de que a igreja havia esqueci¬do e quais as que Edwards começou a ensinar e a observar de novo, com manifestações tão sublimes?
Basta uma leitura superficial para descobrir que a dou¬trina, à qual deu mais ênfase, foi a do novo nascimento, como sendo uma experiência certa e definida, em contras¬te com a idéia da Igreja Romana e de várias denominações.
O evento que marcou o começo do Grande Despertamento foi uma série de sermões feitos por Edwards sobre a doutrina da justificação pela fé, que fez os ouvintes senti¬rem a verdade das Escrituras, de que toda a boca ficará fe¬chada no dia de juízo, e que "não há coisa alguma que, por um momento, evite que o pecador caia no Inferno, senão o bel prazer de Deus".

É impossível avaliar o grau do poder de Deus, derrama¬do para despertar milhares de almas, para a salvação, sem primeiro nos lembrarmos das condições das igrejas da Nova Inglaterra, e do mundo inteiro, nessa época. Quem, até hoje, não se admira do heroísmo dos puritanos que co¬lonizaram as florestas da Nova Inglaterra? Passara, po¬rém, essa glória e a igreja, indiferente e cheia de pecado, se encontrava face com o maior desastre. Parecia que Deus não queria abençoar a obra dos puritanos, obra que existiu unicamente para sua glória. Por isso, no mesmo grau que havia coragem e ardor entre os pioneiros, houve entre seus filhos, perplexidade e confusão. Se não pudessem alcan¬çar, de novo, a espiritualidade, só lhes restava esperar o juízo dos céus.O famoso sermão de Edwards, ''Pecadores nas mãos de um Deus irado", merece menção especial.

O povo, ao entrar para o culto, mostrava um espírito le¬viano, e mesmo de desrespeito, diante dos cinco pregado¬res que estavam presentes. Jônatas Edwards foi escolhido para pregar. Era homem de dois metros de altura; seu ros¬to tinha aspecto quase feminino, e o corpo magro de jejuar e orar. Sem quaisquer gestos, encostado num braço sobre a tribuna, segurando o manuscrito na outra mão, falava em voz monótona. Discursou sobre o texto de Deuteronômio 32.35: "Ao tempo em que resvalar o seu pé".

Depois de explicar a passagem, acrescentou que nada evitava, por um momento, que os pecadores caíssem no In¬ferno, a não ser a própria vontade de Deus; que Deus esta¬va mais encolerizado com alguns dos ouvintes do que com muitas pessoas que já estavam no Inferno; que o pecado era como um fogo encerrado dentro do pecador e pronto, com a permissão de Deus, a transformar-se em fornalhas de fogo e enxofre, e que somente a vontade do Deus indig¬nado os guardava da morte instantânea.

Prosseguiu, então, aplicando o texto ao auditório: "Aí está o Inferno com a boca aberta. Não existe coisa alguma sobre a qual vós vos possais firmar e segurar. Entre vós e o Inferno existe apenas a atmosfera... há, atualmente, nu¬vens negras da ira de Deus pairando sobre vossas cabeças, predizendo tempestades espantosas, com grandes trovões. Se não existisse a vontade soberana de Deus, que é a única coisa para evitar o ímpeto do vento até agora, serieis des¬truídos e vos tornaríeis como a palha da eira... O Deus que vos segura na mão, sobre o abismo do Inferno, mais ou me¬nos como o homem segura uma aranha ou outro inseto no¬jento sobre o fogo, durante um momento, para deixá-lo cair depois, está sendo provocado em extremo... Não há que admirar, se alguns de vós com saúde e calmamente sentados aí nos bancos, passarem para lá antes de ama¬nhã..."

O resultado do sermão foi como se Deus arrancasse um véu dos olhos da multidão para contemplar a realidade e o horror da posição em que estavam. Nessa altura o sermão foi interrompido pelos gemidos dos homens e os gritos das mulheres; quase todos ficaram de pé, ou caídos no chão. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Durante a noite inteira a cidade de Enfield ficou como uma fortaleza sitiada. Ouvia-se, em quase todas as casas, o clamor das almas que, até aquela hora, confiavam na sua própria justiça. Esperavam que, a qualquer momento, o Cristo descesse dos céus com os anjos e apóstolos ao lado, e que os túmulos entregassem os mortos que neles havia.

Tais vitórias, contra o reino das trevas, foram ganhas de joelhos. Edwards não abandonara, nem deixara de go¬zar os privilégios das orações, costume que vinha desde a meninice. Continuou a freqüentar, também, os lugares so¬litários na floresta onde podia ter comunhão com Deus. Como um exemplo citamos a sua experiência com a idade de trinta e quatro anos, quando entrou na floresta, a cava¬lo. Lá, prostrado em terra, foi-lhe concedido ter uma visão tão preciosa da graça, amor e humilhação de Cristo como Mediador, que passou uma hora vencido por uma torrente de lágrimas e pranto.

Como era de esperar, o Maligno tentou anular a obra gloriosa do Espírito Santo no "Grande Despertamento", atribuindo tudo ao fanatismo. Em sua defesa Edwards es¬creveu : "Deus, conforme as Escrituras, faz coisas extraor¬dinárias. Há motivos para crer, pelas profecias da Bíblia, que sua obra mais maravilhosa seria feita nas últimas épo¬cas do mundo. Nada se pode opor às manifestações físicas, como as lágrimas, gemidos, gritos, convulsões, falta de for¬ças... De fato, é natural esperar, ao lembrarmo-nos da re¬lação entre o corpo e o espírito, que tais coisas aconteçam. Assim falam as Escrituras: do carcereiro que caiu perante Paulo e Silas, angustiado e tremendo; do Salmista que ex¬clamou, sob a convicção do pecado: 'Envelheceram os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo' (Salmo 32.3); dos discípulos, que, na tempestade do lago, clama¬ram de medo; da Noiva, do Cântico dos Cânticos, que fi¬cou vencida, pelo amor de Cristo, até desfalecer..."

Certo é que na Nova Inglaterra começou, em 1740, um dos maiores avivamentos dos tempos modernos. É igual¬mente certo que este movimento se iniciou, não com os ser¬mões célebres de Edwards, mas com a firme convicção deste, de que há uma "obra direta que o Espírito divino faz na alma humana". Note-se bem: Não foram seus sermões mo¬nótonos, nem a eloqüência extraordinária de alguns, como Jorge Whitefield, mas, sim, a obra do Espírito Santo no co¬ração dos mortos espiritualmente, que, "começando em Northampton, espalhou-se por toda a Nova Inglaterra e pelas colônias da América do Norte, chegando até a Escó¬cia e a Inglaterra". De uma época de maior decadência, a Igreja de Cristo, entre a população escassa da Nova Ingla¬terra, despertou e foram arrebatadas de trinta a cinqüenta mil almas do Inferno durante um período de dois a três anos.

No meio das suas lutas, sem ninguém esperar, a vida de Jônatas Edwards foi tirada da Terra. Apareceu a varíola em Princeton e um hábil médico foi chamado de Filadélfia para inocular os estudantes. O nosso pregador e duas de suas filhas foram também vacinados. Na febre que resul¬tou, as forças de nosso herói diminuíram gradualmente até que, um mês depois, faleceu.

Assim diz um de seus biógrafos: "Em todo o mundo onde se falava o inglês, era considerado o maior erudito desde os dias do apóstolo Paulo ou de Agostinho".
Para nós, a vida de Jônatas Edwards é uma das muitas provas de que Deus não quer que desprezemos as faculda¬des intelectuais que Ele nos concede, mas que as desenvol¬vamos, sob a direção do Espírito Santo, e que as entregue¬mos desinteressadamente para o seu uso.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lições de Vida: Enganado Pelo Inimígo


Entrando Em Acordo Com O Inimigo – Ilustração

Uma Parábola Russa: Um caçador estava mirando um urso quando o urso falou “Não é melhor falar do que atirar? O que é que você quer? Vamos negociar.”

Baixando a espingarda o caçador falou “Eu quero um casaco de pelo de urso para me cobrir.” “Bom, esta é uma questão negociável” falou o urso. “Eu apenas quero um estomago cheio. Vamos negociar.”

Depois de algum tempo falando, o urso voltou sozinho para a floresta. As negociações foram um sucesso. Cada um recebeu o que queria. O urso conseguiu seu estomago cheio e o caçador ficou coberto de pelo de urso.

Entrar em acordo raramente satisfaz ambos os lados igualmente. Na negociação com nosso inimigo, ele promete o que nós queremos, mas apenas pretende levar o que ele quer – a nossa alma. Você está tentando entrar em acordo ou negociar com o inimigo?

Fonte: Hermenêutica

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Significado de Alguns Nomes Bíblicos


Jacó - aquele que suplanta, que vence, que segura o calcanhar.

Jael - cabra selvagem.

Jafé - Deus lhe dê largo espaço.

Jair - o iluminado por Deus.

Jairo - Jair.

Jaquim - Deus dê firmeza.

Jasão - curandeiro.

Javé - o nome próprio de Deus, na Bíblia hebraica.

Jeconias - Deus dê força.

Jedidiá - predileto de Deus.

Jefté - que Deus liberte.

Jetro - primazia.

Jeremias - Deus é sublime.

Jerobaal - Baal mostre sua grandeza.

Jeroboão - que o povo se multiplique.

Jesonias - Deus atenda.

Jessé - homem de Deus.

Jesus - Deus é seu auxílio ou sua salvação.

Jezreel - Deus semeia.

Joabe - Deus é pai.

Joacaz - Deus segura minha mão.

Joana - feminino de João.

João - Deus é gracioso ou dom de Deus.

Joaquim - elevado de Deus.

Joás - Deus doou.

Joatão - Deus mostrou-se justo.

Joel - Jeová é Deus.

Jonadabe - Deus mostrou-se benéfico.

Jonas - pomba.

Jônatas - dado por Deus.

Jorão - Deus é excelso.

Josafá - Deus julga.

José - aquele que acrescenta.

Josias - Deus traz a salvação.

Josué - Deus é a salvação.

Judite - louvada.

Labão - branco.

Lameque - jovem forte.

Lamuel - consagrado a Deus.

Lázaro - Deus é o meu auxílio.

Levi - unido, ajuntado.

Lia - novilha, vitela.

Lino - linho.

Lisânias - aquele que livra de preocupações.

Lísias - aquele que liberta.

Lucas - luz.



Postado Por Frankcimarks Oliveira

Nomes Bíblicos e Seus Significados


Facéia - Deus abriu os olhos.

Farés - o que rompe.

Filêmon - que ama.

Fileto - o amado.

Filipe - amador de cavalos.

Finéias - egípcio ou mouro.

Flegonte - o fervoroso.

Fortunato - favorecido pela sorte.

Gabael - gabelo.

Gabelo - Deus é elevado.

Gabriel - enviado de Deus ou Deus mostrou-se forte.

Gade - boa sorte.

Gamaliel - Deus me fez bem.

Gedeão - lutador de espada.

Gérson - estrangeiro, peregrino.

Godolias - o Senhor mostrou sua grandeza.

Golias - transmigração, passagem.

Icabode - desapareceu a glória.

Isabel - Elisabete.

Isaías - Deus é a salvação.

Isaque - a divindade riu.

Isbaal ou Isbosete - homem da vergonha.

Ismael - Deus ouve.

Israel - o que governa com Deus.




Postaado Por Frankcimarks Oliveira

Alguns Significados de Nomes Bíblicos



Baltasar - proteja o rei ou proteja sua vida.

Banaías - Deus construiu.

Baraque - raio.

Barjésus - filho de Jesus.

Barjona - filho de Jona.

Barnabé - filho da consolação.

Barrabás - filho do mestre.

Barsabás - nascido em sábado.

Bartimeu - filho de Timeu.

Bartolomeu - filho de Tolmai ou Talmai.

Baruque - Deus seja bendito.

Basemá - bálsamo.

Batuel - homem de Deus.

Benjamim - filho da minha mão direita

Benoni - filho da minha dor.

Berenice - que leva à vitória.

Berzelai - homem de ferro.

Beseleel - na sombra de Deus.

Betânia - casa do pobre.

Betsabé - a viçosa.

Boanerges - filhos da tempestade.

Boos - nele há força.

Ebede - servo.

Edom - o ruivo.

Efraim - frutífero.

Élcana - Deus fundou.

Eleazar - Deus ajudou.

Electa - eleita

Eli - (Heli).

Eliabe - Deus é pai.

Eliacim - (Eliaquim).

Eliaquim - que Deus estabeleça.

Elias - Javé é Deus.

Eliasafe - Deus acrescentou.




Postado por Frankcimrks Oliveira

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Poema: Tornei-me Filho do Pai







Ah... Páscoa, doce... Páscoa
A ti devo minha sorte
Pois o cordeiro foi levado a morte
O Justo no lugar do Zelote

Oh... Pilatos, Grande... Pilatos
A ti devo minha vida
Pois a tua enorme covardia
Livrou-me da agonia

Meu... Povo, Pobre... povo
A ti devo minha liberdade
Pois a tua ingenuidade
tornou a mentira verdade

Ah...Fariseus, Podres... Fariseus
A vós devo minha alegria
Pois com vossa injustiça
Não pagarei pelos erros meus

AH...Cristo, Santo Cristo
Todos eles te trocaram
O bendito pelo maldito
O Benquisto por um mal visto

Não duvido disto
Deixaram o puro pelo misto
Mas não foi um imprevisto
Eram os planos do Altíssimo

Vi a liberdade sendo cativa
Em minha perspectiva
Eu que estava vencendo
Mas na visão do Mestre
O inferno estava perdendo

Soltaram a mim, Barrabás
Condenaram a Cristo e aliás
Fazendo isso esmagaram Satanás

Nas feridas Dele encontro Paz
Sinto alegria e muito mais
Por causa Dele sou hoje Filho do Pai

Jesus tomou o meu lugar
Para eu poder saltar, correr e cantar
viver e não mais matar
Repartir ao invés de roubar...

Ainda lembro-me do rosto de Jesus
Que olhou para minha cruz
e tomou-a para si
Ele transportou-me das trevas
e mostrou-me sua Luz...incessante Luz!


Poema de Frankcimarks Oliveira
Baseado em: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.(Is 53.4-5)

sábado, 16 de abril de 2011

Poema: Regressando a Deus




























Preciso acender meu castiçal
Queimar a chama da sabedoria em mim
Voltar ao temor celestial
que os dias puseram fim

Preciso regressar àquele velho caminho
Retornar o mais rápido a Ti
Me ver livre de tantos espinhos
que a vida oferece aqui

Voltarei naquele mesmo barco
Onde um dia te encontrei
Foi lá que te dei meu fardo
e em teus braços descansei

Fui sendo levado pelos ventos
e não percebi a que distância me encontrava
Só com o passar do tempo
Vi minha vida naufragada

Depois de Velho e cansado
Pude refletir calado na vida que levei
Procurei-te no barulho
Mas No silêncio te encontrei

Dentro de mim eu chorava
Com saudades de meu Pai
As riquesas não me alegraram
Pois é vaidade e se vai

Os prazeres logo se acabaram
e eu pude aprender
que o vazio que há no Homem
Só Deus pode preencher

Jovem, Lembra-te do teu Criador
Nos dias ta tua mocidade
Antes que venha a dor
e digas: Não tenho felicidade

Antes que teus olhos se fechem
e não possas mais ver
que a Glória da vida
está no se arrepender

Antes que tua boca se cale
e não possas mais falar
que o bom no viver
é com Deus caminhar

Estou aqui, Senhor,no barco sentado
naquele mesmo lugar
onde fomos apresentados

Olhando para longe,
para o acaso
Com o coração aberto
querendo por ti ser achado.


Poema de Frankcimarks Oliveira
Baseado em:Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,(At 3.19)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Poema: Confissões de um Pescador















Para onde irei?
Não tenho outro lugar além de ti!
Onde me esconderei
Quando a tempestade surgir?

Tenho visto e crido
Que tu és o abrigo
ÉS meu esconderijo
Quando as ondas batem em meu barco
Seguro estou
sob as asas do Altíssimo!

Para onde irei?
Sinto paz a tuas palavras ouvir
Para quem irei
Se minha alma se apegou a ti?

Sei que te neguei
Minhas ações eu posso ver
Trêis vezes pude te negar
E ainda assim me amas
Vi no teu olhar
quando dizia não te conhecer

Senhor, tú sabes de tudo!
Apascento teus cordeiros se preciso for
Morrerei por eles se preciso for
Mas arranca essa culpa
Com tua mão me cura, Senhor!

Conheço meus erros
São muitos, Rabi.
Sabes que tive medo,
Mas estou aqui...Perdoa-me.

Quem sou eu
Para que de mim te lembres?
Quem sou eu
Para que tú me visites?

Lanço-me ao mar despido
Mestre, tú me chamas de amigo
Mesmo eu tendo te traído?!

Mestre, sinto cheiro de peixe frito
Tu vieste, pois estou faminto
Não de pão, não de vinho
Mas do cordeiro que está vivo.

Fizeste uma fogueira na areia
Para esquentar meu coração
Sempre dessa maneira
expulsaste a solidão

Sou apenas pedregulho
pedaços e mais pedaços
Me levantas do monturo
e perdoa meus pecados

Tu és a rocha verdadeira
eu sou apenas a areia
Tú és nosso fundamento
e eu...teu instrumento!

Encontro-me no chão ferido
tão triste e arrependido
Senhor, sem ti estou perdido!!!


Poema de Frankcimarks oliveira
Baseado em:Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.(I Jo 1.9)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Poema: Eu sou Jacó















Depois de tanto tempo
Percebi que não sou mais
quem fui em um tempo atrás

Percebi que não sou capaz
De dar um passo a mais
Sem que todos vejam que eu mudei

Minha trajetória foi marcada!
Minha história foi mudada!
Minha vida? -Moldada Por Deus!

Ele marcou um encontro comigo só
Na luta vi que era o amigo melhor
Quando me disse: Quem és?
Confessei: Sou Jacó!

Chegou o dia em que não pude fugir
Tive que admitir quem de fato sou
e mostrei meu verdadeiro Eu: Pecador.

Minha trajetória foi marcada!
Minha história foi mudada!
Minha vida? -Moldada Por Deus!

Meus erros e falhas ao léu
Não por mim, mas por ser Ele Fiel
Mentiras e enganos fizeram-me réu
Depois que confessei tudo
Tornei-me Israel!

Hoje sou Príncipe de Deus
Ao lado de Deus
Deus e Eu

Eu, uma nova criatura
Nova conjuntura
Com Outra moldura Ele me fez

Minha trajetória foi marcada!
Minha história foi mudada!
Minha vida? -Moldada Por Deus!


Poesia por Frankcimarks Oliveira
Baseado em :Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.(2 Co 5.17)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Culto de Missões na AD Templo central em Patos


No mês de Março fui convidado pelo Presbítero Cleston Camboim para ministrar uma palavra no culto sobre missões na cidade de Patos.


Preguei uma mensagem baseada em Romanos 10.15 :Como crerão se não forem enviados?
O título da mensagem foi ' Deus em Missões.
Falei basicamente da Trindade em missões. O Pai enviando seus missionários no Vt, Jesus enviando seus discipulos para evangelizarem o mundo no NT, E O ESPIRITO SANTO
enviando seus servos para fazer sua obra na terra até os dias de hoje.

Abordei também as sete características de um verdadeiro enviado de Deus, ou seja, em Cristo percebemos quem realmente Deus está enviando.Jesus foi o maior de todos os missionários, o enviado de Deus que serve de referência na obra missionária para a igreja contemporânea.


Para Glória de Deus uma jovem aceitou e confessou Cristo como seu Salvador.


Houve coreografias e louvores sobre missões. Louvores como Pai de multidões de Fernandinho e Eu vou de Fernanda Brum.


A igreja onde congrego desempenha uma obra missionária na Bolívia. A primeira missionária de Patos enviada foi nossa irmã Celimárcia.Orem por ela ....


Foi o nosso atual pastor José Paulo quem implementou a secretaria de missões em nossa cidade. Para a glória de Deus já estamos colhendo os frutos.


O pb Cleston e sua esposa Eulidivânia são os secretários de Missões aqui em nossa cidade. São eles quem desenvolvem todos os demais trabalhos que relacionam-se com missões.


É tempo de nos levantarmos para fazer missões...Que Deus seja louvado!

Lições de Vida: O dinheiro entre dois Homens diferentes



Um dia um homem que acreditava na vida após a morte, e que valorizava o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade européia.


Depois da ceia, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.


Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra.


Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.
Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.

Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.


No entanto, o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos aqueles bens não lhe pertenciam.

Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo:
- Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
- Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos já temos mais de sessenta e cinco anos de idade!

O hóspede respondeu prontamente:
- É por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.


Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal.
E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.

O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.

E uma voz silenciosa, íntima, lhe perguntava:


- Que diferença fará, daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
- Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
- Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
- Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
- Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
- Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
- Que diferença isso fará daqui a cem anos?
Absolutamente nenhuma !

No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.


(autor desconhecido)

Lições de Vida: O Apego ao dinheiro pode te afundar


Conta-se a história de um marinheiro que estava a bordo de um navio prestes a naufragar, carregado de ouro, nos tempos das conquistas espanho­las. O comandante ordenara que todos os homens abandonassem o navio. Ao fazer ele a derradeira ronda para certificar-se de que ninguém seria deixado a bordo, encontrou um homem assentado sobre um barril de barras de ouro, e com outro aberto diante dele.

- Que está afinal fazendo aqui, homem? Não sabe que a embarcação está afundando? - gritou o capitão.

- Sim, senhor - respondeu o homem. Mas não me importo. Fui um homem pobre toda a minha vida, e pelo menos vou morrer rico!

Lições de Vida: A escalada da vida !



A vida pode ser comparada à conquista de uma montanha.

Como a vida, ela possui altos e baixos.

Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso.

Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado.

Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.

No momento da escalada, o início parece ser fácil.

Quanto mais subimos, mais árduo vai se tornando o caminho.

Chegando a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir.

O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.

À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso.

As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o céu.

Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas...

É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados são do tamanho daquelas casinhas.

Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo.

Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.

É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar.

Podemos estar machucados, feridos ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar.

O amigo vem e nos cura os ferimentos.

Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada.

Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.

Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.

Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar.

O que nos salva é o equipamento certo para este momento.

Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.

Se escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo.

Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.

Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha.

Fonte: Programa momentos com Jesus